Um avião israelense foi impedido de atravessar o espaço aéreo turco nesta segunda-feira (28), segundo a BBC. A Turquia decidiu hoje fechar o seu espaço aéreo para alguns voos de aviões de Israel, o que é considerado uma retaliação ao ataque das forças israelenses em 31 de maio a um navio turco que participava de uma frota que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza.
Em Toronto, no Canadá, durante a reunião do G20, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, confirmou a adoção da medida de retaliação, segundo uma fonte do governo turco ouvida pela agência de notícias Associated Press, a retaliação não afetará os voos comerciais entre a Turquia e Israel.O avião que foi proibido de sobrevoar o espaço aéreo turco hoje levava funcionários israelenses para uma visita a Auschwitz, na Polônia. Com a proibição, o avião foi forçado a adotar uma rota alternativa.
Também nesta segunda-feira, a comissão pública criada por Israel para examinar os aspectos jurídicos do ataque de 31 de maio se reuniu pela primeira vez.
A sessão deve se dedicar a fixa o calendário e as questões de procedimento, segundo o porta-voz da comissão, Ofer Lefler.
Esta comissão pública independente, composta por cinco membros, entre os quais dois observadores internacionais, é presidida por um juiz aposentado da Suprema Corte, Yaakov Tirkel.
Os dois participantes internacionais, que não têm direito a voto, são Lord Trimble, ex-primeiro-ministro protestante da Irlanda do Norte, e Ken Watkin, ex-advogado geral do exército canadense.
O mandato desta comissão, que Israel aceitou criar sob pressão dos Estados Unidos, é limitado e deverá determinar a validade, segundo o direito internacional, do bloqueio imposto por Israel à faixa de Gaza e do ataque contra a frota de ajuda pró-palestina em águas internacionais, no qual morreram nove civis turcos.
O presidente Tirkel pode decidir excluir os observadores estrangeiros da comunicação de alguns documentos ou informações se "considerar que sua divulgação prejudicará a segurança nacional ou as relações diplomáticas" de Israel.
A comissão interrogará o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Ehud Barak, e os outros cinco membros do "Foro de Sete Ministros" - que agrupa os principais membros do governo - que aprovou o ataque.
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